quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Educação Física e Artística

A muito tempo nossa rede pública de ensino tem empregado as disciplinas de Educação Física e Educação Artística em sua grade curricular.

Porém, não dimensionamos de forma clara quais suas reais aplicações e seus efeitos sobre o processo de aprendizagem.

Ambas tem papel fundamental no desenvolvimento físico e psicológico dos alunos e devem ser explorados em seu total potencial. Quero discutir pontos importantes a serem observados em cada um delas.

Educação Física

Em meus tempos de escola sempre relacionei essa disciplina com a prática do futebol e do vôlei, algumas raras vezes handebol e queimada. Quando meus professores pediam para fazermos algo diferente disso, geralmente, apareciam certas resistências, descontentamentos e estranhezas por parte dos alunos. O fato é que nunca ficou claro para os alunos que essa matéria deveria ser para aprendermos a trabalhar nosso físico de maneira saudável e através de atividades físicas diversas. Acredito que o uso da Educação Física foi e ainda é subutilizado pelas escolas, tanto públicas quanto privadas em nosso país. Ela deve ser muito melhor trabalhada em seus conteúdos e até mesmo as Faculdades de Educação Física devem repensar aquilo que é passado para nossos futuros educadores.

Hoje, essas Faculdades preparam nossos jovens para serem personal trainers, professores de academia de musculação, e para repetirem os mesmos procedimentos que vimos nas últimas décadas. Apesar de tanto se falar em vida saudável ainda estamos longe de termos nossas escolas preparando pessoas que gostam de praticar exercícios em seu dia a dia e com hábitos saudáveis.

Espero ver o dia em que utilizaremos essa disciplina efetivamente como um alicerce para o desenvolvimento físico e motor de nossos alunos, auxiliando em todo o processo de aprendizagem e permitindo inserir o real valor da prática de exercícios físicos na vida das pessoas.

Educação Artística

Muitos imaginam que essa matéria só tem algum valor na pré-escola, estimulando nossos pequenos a exercitar sua criatividade, explorando as cores, formas, etc. através de um mundo lúdico e divertido. Mas porque não aproveitar tudo isso a qualquer momento? Porque desvalorizamos o poder da arte como disciplina. Porque tratar apenas assuntos de história da arte em cursos mais avançados de Educação Artística? Queremos formar críticos de arte? Colecionadores de quadros? Acho importante ensinar sobre os artistas, suas obras, suas técnicas, porém, julgo muito mais valoroso o valor da arte como expressão individual do ser humano. Porque desprezamos o valor psicológico da expressão artística, seu poder relaxante; e não falo apenas de pintura, mas de música, dança, fotografia, cinema, teatro, etc. É tanto conteúdo que fica difícil até decidir por onde começar, poderíamos criar temas a serem trabalhados horas à fio.

Quero deixar claro que o uso da Arte em nossas escolas é de fundamental importância, trazendo uma experimentações aos alunos que nenhuma outra disciplina pode suprir. Professores: não deixem de usar ao máximo o seu amor as artes para gerar assuntos muito interessantes aos alunos. Não tratem todos da mesma maneira, afinal, como sempre defendo aqui, cada pessoa enxerga e aprende de forma diferente, o que pode ser legal para uns, para outros é um tédio. Pensem nisso!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Método: Escola-empresa ou Empresa-escola



Esses dias, matutando sobre alguma metodologia que pudesse suplantar as atuais e desgastadas técnicas utilizadas nas escolas brasileiras, me veio uma idéia um tanto quanto incomum, porém, com um embasamento muito claro e fundamentado.

A idéia se deu a partir de diversas experiências, tanto no ramo profissional quanto no escolar, geralmente em projetos específicos, utilizando o trabalho em grupo para solucionar determinado problema e se espera uma solução, um produto.

Eu sempre gostei dessa forma de trabalho, pois realmente introduzia um senso de utilidade naquilo que eu estava realmente produzindo. Nunca consegui entender claramente o valor das notas dadas pelas avaliações.  No dia a dia das empresas temos que trabalhar em grupo para produzir determinado resultado, todo projeto funciona assim; unindo múltiplas disciplinas como comunicação, marketing, finanças, tecnologia e design. Porque em nossas escolas deve ser diferente?

Para minha surpresa, um dia depois de eu ter pensado nessa idéia descobri mais uma fonte de inspiração e praticamente o trabalho compilado de minhas idéias, afinal, existem muitos pensadores, cientistas, etc. neste momento trabalhando duro para resolver os mesmos problemas que passam em minha cabeça. E neste caso eu descobri o professor do Centro de Tecnologia e Empreendedorismo na Universidade de Harvard, Tony Wagner, escritor do livro Creating Innovators: The Making of Young People Who Will Change The World (ainda sem tradução para o português). Através de uma palestra, disponível no site da Microsoft pude conhecer um pouco suas idéias, vale a pena assistir até o fim. As idéias que ele apresentou e a mudança que ele citou enquadra perfeitamente com o propósito deste site.

Voltando à questão original: como inovar o processo educacional? Como renovar a metodologia, a forma como as coisas são feitas em nossas escolas?

A minha sugestão seria criar uma espécie de Escola-empresa ou Empresa-escola, onde os alunos devessem trabalhar em projetos fundamentados, com finalidades específicas, ou seja, com propósito. Desde o momento em que o jovem entrasse na escola ele seria tratado como se fosse parte de uma companhia, tendo responsabilidades individuais e também em grupo, com sua equipe de trabalho, que o acompanharia por muito tempo.

Eu sei que isso não parece algo tão inovador, pois com certeza você já ouviu falar em empresa + escola. Porém, onde há alguma escola que se utiliza realmente de uma estrutura empresarial, produzindo como uma empresa, seja produtos, serviços ou apenas idéias? Onde os alunos estejam envolvidos num propósito multidisciplinar para resolver determinado problema?

Os pontos a serem trabalhados dentro dessa didática devem ser discutidos profundamente e com muita cautela, pois não sou especialista nisso, e é fundamental que não se construa uma estrutura que vise promover alguns e descriminar outros, como se da em muitas empresas hoje em dia (e em nossa sociedade, que diminui o valor de certos cargos em detrimentos a outros). O fundamento deve ser totalmente o oposto disso. A idéia é de trabalhar o espírito inovador e a paixão pelo que se está fazendo, além de promover uma situação que ao mesmo tempo é lúdica, permitindo aos envolvidos brincarem com o ambiente a sua volta, atuando - como atores mesmo - e se envolvendo de maneira completa nessa experiência.

Infelizmente, todo o sistema educacional hoje, bem como nossa sociedade, preza pelos resultados, pelas notas de nossos alunos. Mas não pára pra pensar no final da cadeia: o aluno formado e o mundo que o aguarda. Será que estamos preparando nossos jovens para o futuro?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cansado de temas sérios sobre educação?




quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Lição de Casa



Pensando um pouco a respeito de como gerar bons pensadores, críticos de verdade, vejo que tudo já foi falado: boa base familiar em parceria de bons educadores. Os passos dos vencedores são construídos na segurança de um lar fraternal e disciplinado.

Óbvio que existem exceções, afinal de contas estamos falando do ser humano, uma espécie tão especial que consegue se adaptar a qualquer ambiente do planeta e que consegue superar suas próprias limitações para seguir sobrevivendo e algumas vezes se tornar um vencedor por excelência.

Mesmo assim, na grande maioria dos casos se faz necessária a presença de pais presentes e atentos, que sabem dizer não e sim nos momentos certos. Que saibam valorizar os acertos e que estejam dispostos a trabalhar os erros com seus filhos.

Estamos em um mundo que cada dia mais se distancia dos valores morais e éticos para se preocupar com valores econômicos. Posso ver claramente as palavras de Charles Chaplin estampadas em nossa sociedade:

"A cobiça envenenou a alma do homem, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade."

Qual é o real valor de uma pessoa? No que devemos focar nossos esforços ao educar uma criança? Será que é na premissa de que ele seja bem sucedido como um empresário, um ícone do esporte ou da música? Seria utopia tentar apenas educar nossas crianças a serem apenas bons seres humanos. Afinal de contas, o que define o sucesso de alguém? Quanto dinheiro essa pessoa consegue acumular? Quantos bens ela possui?

Sei que o conforto e as regalias que o dinheiro nos dá fazem muita gente pensar que estas são as coisas mais importantes na vida. A felicidade não será encontrada no pote de ouro no final do arco-íris, mas na caminhada que leva até ele, valorizando cada conquista e desafio enfrentado durante o percurso.

Comecei este texto com a idéia de falar efetivamente sobre lições de casa... sim, essas que os professores nos solicitam, as quais muitas vezes não fazemos. Todavia, vejo que a lição para casa hoje é outra. Aprender o verdadeiro sentido dos atos que realizamos - será que eles são condizentes com aquilo que a gente prega e acredita? Sei que talvez toda essa reflexão seja profunda demais para um tema tão casual, corriqueiro, mas as vezes temos que ir no fundo de questões mais existenciais para achar subsídios para motivar nossos filhos e alunos.

Hoje, se for ajudar seu filho em sua lição de casa, entenda verdadeiramente seu papel, sua função: como auxiliador, como responsável. Participe efetivamente, como autoridade, com postura. Não faça a lição de seu filho, ao invés ajude ele a fazer. Se fizer a lição dele estará ensinando tudo o que ele não deve aprender:

  1. estará mostrando a ele que você não acredita em sua capacidade de fazer o trabalho; 
  2. que ele sempre poderá deixar as responsabilidades para outra pessoa; 
  3. diminuirá o real valor do entendimento, do esforço e consequentemente, do prazer da realização de suas tarefas.
Enfim, mesmo em meio às dificuldades e correrias da vida moderna encontre um tempo para participar da vida escolar de seus filhos, pois assim você poderá viver e sentir novamente os prazeres e desprazeres dos bons tempos de escola e ainda fará toda a diferença para o amadurecimento emocional e intelectual de seus pequenos! Afinal, quantos não gostariam de ter tido essa oportunidade?

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Use as melhores ferramentas para ensinar ou aprender!



A Internet é um ambiente tão vasto que geralmente é comparado ao mar e suas ferramentas de busca (Google,  Yahoo, Bing, etc.) às bússolas dos navegantes. Com a crescente onda de informações na rede creio que ficará mais claro se fizermos uma analogia com o Universo.

Quanto mais complexo fica esse ambiente, mais difícil de nos mantermos antenados, ou melhor "plugados", com as melhores ferramentas, metodologias e conteúdos mais atuais. Para auxiliar os leitores do Ensino Social na hora de decidir quais ferramentas e sites utilizar, passo aqui uma relação dos que considero muito úteis para quem busca aprender por conta própria (os chamados autodidatas) ou para quem está ensinando/lecionando. Segue abaixo a minha lista:

Categoria - Vídeos

  1. YouTube - o site de videos mais famoso do mundo também possui uma infinidade de materiais para estudo;
  2. TED Talks - palestras brilhantes sobre os mais variados temas;
  3. Khan Academy - este site foi criado com a idéia de revolucionar o ensino no mundo. Separadas por matérias e assuntos as aulas são muito claras e objetivas;
  4. Veduca - vídeo-aulas disponibilizadas por grandes universidades do Brasil e do mundo;
  5. Camtasia - este software (pago) permite que você grave a tela de seu computador para criar suas próprias vídeo-aulas.
  6. CamStudio - também realiza a gravação da tela do computador, mas de maneira muito mais resumida, com poucos recursos, porém, é gratuito;
  7. Coursera - um poderoso portal com cursos completos com vídeos, documentos, testes e muito mais. Esse eu uso muito (pena que não tenha tanto material em português ainda).

Categoria - Comunicação

  1. MSN - popular ferramenta de troca de mensagens; permite conversação em vídeo e compartilhamento de arquivos.
  2. Skype - outro programa famoso, mais específico para chamadas em áudio e vídeo (Voz sobre IP). Permite que seja utilizado o seu aparelho celular para conversar com seus contatos.
  3. Google Hangout - ferramenta de vídeos da rede social do Google (Google Plus). É necessário ter uma conta na rede social para utilizar, porém, é muito interessante para conferências e pelo conteúdo que já possui.
  4. Twitter - muitos profissionais de educação já estão usando essa plataforma para diversos fins, como anunciar provas, dar dicas de estudo e leitura, etc. Então, esteja conectado.

Categoria - Blogs

  1. Edublogs - plataforma para criação de blogs específica para os educadores e educandos; 
  2. Tumblr - excelente ferramenta gratuita para criação de blogs; 
  3. Blogger - nosso blog está sobre esta plataforma não por acaso :) 
  4. Wordpress - ótima ferramenta com diversos plugins e temas que poderão tornar seu blog tão completo quanto um portal web;

Categoria - Geração de Conteúdo

  1. LearnBoost - aplicativo online que permite criar e gerenciar cursos na web. Muito bom para cursos de línguas estrangeiras, com integração com Facebook e Google Calendar;
  2. Google Drive - o Google Docs + toda uma estrutura para armazenamento de documentos na web; 
  3. Moodle - sistema de gerenciamento de conteúdos para cursos online, apoiado por uma grande comunidade de software livre;
  4. Evernote - aplicativo web que permite capturar conteúdo em quaisquer sites, seja inteiro ou aos pedaços;
  5. Jing - aplicativo que permite produzir tutoriais e videos de maneira prática e rápida - necessita instalação.

Categoria - Leitura

  1. Google Livros - biblioteca virtual do Google.
  2. Domínio Público - biblioteca virtual com arquivos digitais de domínio público, desenvolvida pelo Ministério da Educação;
  3. Wikipedia - A maior enciclopédia digital da Internet.
Categoria - Apresentações
  1. Slideshare - quer fazer suas apresentações e compartilhar elas com a comunidade? Essa é a plataforma. Além disso você terá acesso a uma infinidade de apresentações brilhantes;
  2. Prezi - e que tal apresentações que deixam todos de boca aberta? É possível, acredite e use este aplicativo web para produzir as suas;
  3. Wikipedia
Categoria - Extras
  1. MindMeister - excelente ferramenta para criar mapas mentais... ótimo para estudar ou apenas para organizar suas idéias;
Se você tiver sugestões de outras ferramentas não listadas aqui comente abaixo. Ótima semana!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Independência ou morte

Mais um ponto importante a destacar no projeto é a maneira independente de gerir o mesmo. Pois para que a coisa evolua numa velocidade constante, sem os entraves das indas e vindas burocráticas, é necessário que a mesma seja pensada, executada, produzida de maneira autônoma e com a participação de toda uma sociedade.

Temos que atuar nos moldes ateniense, já que somos cidadãos, todos temos direitos e deveres a serem realizados politicamente, sem que para isso tenhamos que nos eleger pra algum cargo público ou algo do tipo.

Há alguns anos começaram a brotar diversas entidades se intitulando sem fins lucrativos, nos mais diversos segmentos, defendendo toda sorte de grupos e classes sociais. Essa foi a febre das ONGs. O que no começo se julgou muito útil para a distribuição das responsabilidades, tanto de fiscalização, quanto de execução de tarefas de cunho público, se tornou um engodo, um peso e muitas vezes mais um ramo para a atuação de quadrilhas especializadas em roubas dinheiro público.

De qualquer forma, não tenho interesse de tratar o assunto profundamente, pois, a idéia aqui é apenas deixar claro que o modelo não é esse, e sim o de apenas trabalharmos de forma social, realmente, sem esperar o lucro monetário, "apenas" todos os benefícios evolutivos que a sociedade herdará com a melhora na educação de nosso povo.

A idéia principal é que cada um tem aptidões particulares que podem colaborar e muito para a revolução educacional. Através das idéias o Homem tem moldado a realidade, construído novos caminhos para que a sociedade possa caminhar, avançar, muitas vezes para fugir da extinção.

Acima de tudo, acredito no potencial humano, no potencial do brasileiro, um povo que mesmo sem a melhor educação, sem os melhores centros tecnológicos, com toda a corrupção em que vive, conseguiu se tornar um dos países mais ricos e competitivos do mundo. Se pudermos usar as ferramentas e recursos que temos hoje para produzir conhecimento e disseminar de maneira mais igual, poderemos viver com a esperança de um futuro mais justo, mais prazeroso e com muito menos opressão.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O ambiente Escolar e as Escolas do Futuro

Um ponto que considero fundamental no processo educacional é o ambiente que nos cerca. Todos sabemos que somos influenciados pelo meio, em verdade, somos fruto do meio em que vivemos, e que nossa parcela de individualidade será construída a partir daquilo que foi absorvido ao nosso redor.

Um exemplo comum nesses casos é a situação familiar, seus problemas e resoluções, amigos, religião, etc. Mas eu quero tratar de algo muito mais amplo, físico e material: as construções em que vivemos.



Segue uma apresentação muito interessantes de playgrounds, escolas e bibliotecas construídas pensando nesses princípios:
Essas imagens foram obtidas em: http://www.fastcoexist.com/1679909/8-insane-schools-playgrounds-and-libraries-of-the-future#2

Essas imagens nos trazem diversas reflexões a respeito de nossas instituições e até mesmo sobre quaisquer construções em que vivemos e utilizamos para aprender. Será que elas são adequadas? Será mesmo que temos que pensar até mesmo na construção de nossas escolas, salas de aulas, etc.? 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ensino + Tecnologia

Internet. A vida do homem moderno gira em torno dessa realidade paralela. Você já parou para se pensar qual o principal motivo da existência desse mundo virtual?




A enciclopédia virtual Wikipedia define a Internet como "um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados pelo protocolo de comunicação TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados." (Fonte: Internet, Wikipedia)


Quer dizer que o principio básico dela é dar acesso a dados e informações, informar, ensinar.

Claro que existem diversos outros motivos para sua existência, principalmente político e econômico, de controle e manutenção de poder como a própria História nos mostra. Todavia, mesmo sem querer, a criação dessa teia cibernética gerou toda uma nova realidade, que levou a expansão do conhecimento humano a patamares inimagináveis décadas atrás.

Existem diversos pontos a serem trabalhados com relação a existência da rede. Porém, o que quero tratar aqui é o fato de que quase todo o conhecimento da humanidade, hoje está disponível através da rede. Ou seja, um indivíduo conectado a Internet tem acesso a um universo de informações incrível, que se bem utilizado pode transformar sua vida. Como já discuti em outro artigo aqui neste blog, mesmo com o processo da inclusão digital ainda há muito que ser feito, pois muitos brasileiros desconhecem a rede, ou mesmo aqueles que tem acesso, desconhecem seus atalhos e por não terem bases para pesquisa dadas pelas escolas, ficam perdidos no meio desse mar de informações.

Outra grande questão é como ensinar nossos jovens a pesquisarem de forma correta e eficiente na Internet. Como instruí-los e incentivá-los a navegar nesse gigantesco oceano de dados. Muitas vezes o uso dessa tecnologia cria vícios piores em nossos alunos do que antes de sua inserção na rede, o famoso Ctrl+C e Ctrl+V (ou copiar e colar). Geralmente, ao conhecerem um pouco as ferramentas os alunos evoluem para uma outra fase, passam a usá-la como muleta. Muitas vezes plagiando trabalhos alheios ao invés de utilizá-los como fonte de inspiração para a geração de seus próprios, criando muitas vezes um resultado sem nenhum fruto de aprendizado.

Um outro ponto muito importante é o uso da tecnologia em um meio onde a metodologia se mantem a mesma. Será que a inserção da tecnologia no meio por si só é capaz de mudar o processo educacional? Achei um artigo interessante. Ele contém um vídeo bem simples, mas que deixa clara a idéia que estou tratando. Segue:

Blog Ensino à Distância - Artigo: Metodologia ou Tecnologia

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Qual a melhor maneira de Ensinar e Aprender?



A ciência moderna, através dos estudos de Howard Gardner, identificou que as pessoas não possuem apenas um tipo de inteligência com se acreditava até meados dos anos 80, mas múltiplos tipos. Alguns sites falam em 7 outros em 8 e até 9 tipos (estes são os tipos encontrados: Lógico-matemática, Linguística, Musical, Espacial, Corporal-cinestésica, Intrapessoal, Interpessoal, Naturalista e Existencial). Não vou me aprofundar na descrição deles aqui - se quiserem saber mais leiam:
Grupo de Estudo de Inteligências Múltiplas - Imagine
Wikipédia - Inteligências múltiplas
Os 7 Tipos de Inteligência: de que Tipo é o seu Cérebro?
Os 8 tipos de inteligência

Temos ainda, diversas formas de aprendizado para diferentes perfis de alunos, assunto já tratado em outro artigo neste blog (artigo: Metodologia de Ensino)

É importante ressaltar que o assunto relativo a ensino e aprendizado passa por diversas disciplinas como psicologia, pedagogia, sociologia, filosofia, entre outras por se tratar de um tema complexo e um tanto quanto abstrato. Encontrei alguns textos e ensaios interessantes a respeito, que são: Introdução à psicologia escolar, por Maria Helena Souza Patto, Psicologia da Aprendizagem por Denise Hernandes TinocoEstratégias de Aprendizagem e Desempenho Escolar por Evely Boruchovitch

Tenho uma teoria a respeito do tema, que é a base para o desenvolvimento do projeto Ensino Social. Abaixo destaco os principais pontos:

  1. Relacionamento - Creio que a melhor maneira de aprendermos é através da cooperação, colaboração, do trabalho em equipe, do convívio social. Essa vivência nos permite aprender muito mais com as diversidades, pois cada um entende de uma forma que se soma ao compartilharmos nossas experiências. O princípio básico da formação da sociedade como a entendemos hoje é justamente o fundamento dessa teoria. É preciso aprender muito mais do que apenas letras e números, fórmulas e palavras. Acima de tudo, precisamos saber nosso lugar no meio em que vivemos, de que maneira encontramos ou conquistamos nosso espaço? Muitas vezes vi profissionais excelentes em determinados conhecimentos, experts em certos assuntos, mas que não conseguem obter excito, não só profissional, mas em suas vidas, por falta de relacionamento, de saber conviver com os seus próximos. Esse é o ponto mais importante que devemos trabalhar.
  2. Arte - Esse ponto é tão importante para nossas vidas, mas tão menosprezado em nossa cultura. Até hoje vejo um conflito enorme sobre o uso e a aplicação da arte nos processos educacionais e por mais bem aplicado que já tenha sido, sempre estará muito aquém do que poderia ser. A arte é tão ampla e poderosa, que é através dela que o Homem define suas épocas, seja pelos desenhos rupestres nas cavernas, pelo humanismo dos gregos e seu retorno no Renascimento - desenho, pintura, escultura, artes cênicas, dança, fotografia, cinema - A expressão humana, sua vida, sua sociedade é definida, descrita, narrada e registrada pela arte. Sem rótulos temporais a arte consegue ser produzida por qualquer pessoa, em qualquer circunstancia, psicológica, social, econômica, etc. Para mim, a arte é o elemento de conexão entre o ser humano e o Criador.
  3. Experimentação - Somente através deste elemento conseguiremos fixar realmente tudo aquilo que for aprendido. O cérebro é uma máquina incrível, e como tal, tem mecanismos específicos para controlar o que é importante, o que ficará armazenado. Isso é definido através do grau de importância do que foi aprendido e sua aplicação em nossa vida. A experimentação é crucial para o aprendizado, o que diferencia meros repetidores e decoradores de regrinhas dos seres pensantes e sábios.
E isso é tudo. Pouco?! 

Na realidade estes três princípios são tão amplos e complexos que para serem trabalhados corretamente na metodologia de ensino exigem um alto grau de experiência e uma pesquisa muito aprofundada. E para isso preciso de pessoas com boa vontade, com idéias para serem aplicadas na Revolução do Ensino Público.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Porque estudar é tão chato?


As frases mais comuns dos alunos quando o assunto é estudar, são: "o melhor da escola é o recreio", "estudar é chato", "estudar é cansativo" ou "porque devo aprender essas coisas?". Mas porque essas reações? Porque o estudo e o aprendizado está tão atrelado a sentimentos de cansaço, desinteresse e stress?

Encontrei alguns artigos muito interessantes sobre o assunto. O primeiro é do blog Rede NetSaber, escrito por Sara Paín (Diagnóstico E Tratamento Dos Problemas De Aprendizagem), que diz:
"... O problema de aprendizagem pode ser considerado como um sintoma, um sinal de descompensação..."
"Os fatores fundamentais a serem levados em consideração no diagnóstico de um problema de aprendizagem são: 
1. Fatores orgânicos: integridade anatômica e de funcionamento dos órgãos, funcionamento glandular, alimentação e condições de abrigo e conforto entre outros fatores; 
2. Fatores específicos: refere-se a certos tipos de transtornos na área de adequação perceptivo-motora, em especial aqueles que aparecem no nível da aprendizagem da linguagem, sua articulação e sua lecto-escrita, e se manifestam numa série de perturbações (ex-alteração da seqüência percebida; 
3. Fatores psicógenos: problema da aprendizagem pode surgir como uma reação neurótica à interdição da satisfação, seja pelo afastamento da realidade e pela excessiva satisfação na fantasia, seja pela fixação com a parada de crescimento na criança; 
4. Fatores ambientais: refere-se ao meio ambiente material do indivíduo, às possibilidades reais que o meio lhe fornece, à quantidade, à qualidade, freqüência e abundância dos estímulos que constituem seu campo de aprendizagem habitual.". 

O outro está no site do Colégio Santa Maria, escrito por Nádia Maria Dias da Silva (Dificuldades de Aprendizagem), que trata o assunto com a seguinte visão:
"... Raramente as dificuldades de aprendizagem têm origens apenas cognitivas..."
"...O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria."


O que está sendo tratado em ambos de forma paralela é que em geral, o fracasso no aprendizado está muito mais atrelado a erros no processo educacional, seja na forma, na relação dos envolvidos ou ao ambiente como um todo. Concordam os textos que o problema do desinteresse precede o intensão do aluno gostar de estudar ou não. Em algum momento o primeiro texto trata de problemas relacionados ao individuo, porém, fica claro que o meio irá impactar muito mais o aprendizado, seja por problemas familiares, metodologia utilizada pela instituição, o próprio ambiente escolar, entre outros.

Somos influenciados pelo meio em todo o tempo. Os comerciais nos mostram isso, a sociedade moderna é um ótimo reflexo dessa realidade - consumimos o que nossos sentimos são estimulados à desejar; nossos valores estão atrelados às informações que recebemos a partir de nossa família, crença, cultura, grupos em que nos envolvemos, etc.

Afinal, o que devemos fazer para modificar esse quadro tão desacreditado? É possível fazer os estudantes gostarem de estudar? De quem é a responsabilidade sobre essas mudanças: da escola? dos pais? dos alunos? Em verdade, todos os envolvidos tem uma parcela dentro desse contexto e devem se complementar, como peças em um quebra-cabeças.

A instituição de ensino deve prover os meios: um ambiente saudável e convidativo, com uma estrutura que atenda aos anseios dos alunos, deve ser um lugar acolhedor e cativante; deve ainda prover uma metodologia versátil e atual que atenda diferentes tipos de alunos, não sendo uma forma de privilegiar uns e desprezar outros, mas buscar soluções para auxiliar no desenvolvimento de todos.

Cabe aos pais cumprirem seu papel fundamental de ensinar limites, dar afeto, carinho, estar presentes a cada momento, acompanhando os estudos de perto (lições de casa, trabalhos, reuniões, etc.). Na sociedade moderna, cada vez mais ambos os pais estão atarefados com o trabalho fora de casa e é comum ver crianças que estão na escola apenas para não ficarem sem ter o que fazer em casa. É importante entender que o estudo não é apenas um passatempo, mas que é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do indivíduo, onde ele entende a si próprio, seu papel na sociedade e compreende melhor o mundo a sua volta. Além disso, como já dissemos, somos em grande parte, resultado do meio em que vivemos, então, se os pais querem que os filhos tenham mais interesse na leitura, nos estudos, devem ser os primeiros a mostrar esse padrão. Um artigo muito interessante está no site Mundo das Tribos (Como incentivar seu filho a estudar).

O desinteresse dos alunos brasileiros hoje é um reflexo de anos de descaso com a educação e na inversão de valores que nosso sociedade tem vivido. Os alunos devem exigir seu direito a educação pública de qualidade, não apenas aceitar passivamente os moldes oferecidos. Nossos estudantes do ensino médio devem se organizar, assim como muitos já o fizeram, em agremiações, ou associações que buscam soluções para o ensino. É muito mais fácil modificar a realidade de uma escola do que mudar o ensino de um país inteiro, mas se essas ações se propagarem, através da Internet por exemplo, com certeza em pouco tempo teremos uma melhora significativa do quadro geral. O importante é não delegarmos essas ações a órgãos governamentais, mas cada um assumir o seu papel e buscar o melhor para sua escola, para sua família e para sua própria vida.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Solução para a Crise do Ensino Médio?

Não sou eu quem estou falando...
Hoje li uma reportagem no site G1, portal de notícias da Globo.com sobre a crise no ensino médio, o que só vem reforçar tudo aquilo que estamos tratando aqui, mas também de um projeto que visa sanar o problema do ensino médio.

O governo tenta uma nova cartada com o Proemi (Programa Ensino Médio Inovador), para tentar reverter o quadro ruim apresentado pelo ensino público do país. "... O objetivo do ProEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea.", relata o site do MEC.


Espero sinceramente que essa iniciativa seja feita de forma competente e contínua e não apenas mais um produto eleitoreiro para promover políticos e enganar mais uma vez nosso povo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Evolução do Ensino e Aprendizado

Tenho buscado bastante referências para construir um plano consistente para a evolução das metodologias, técnicas e processos de ensino e aprendizagem utilizadas pela educação pública. E durante minhas leituras encontrei algumas coisas que me motivaram ainda mais a prosseguir.

A primeira delas é ver que cada vez mais encontramos grandes instituições como Harvard e o MIT interessados em entender o processo de aprendizagem para poder evoluir em suas metodologias (mais do que natural, certo?).

Segue a reportagem publicada no site da EXAME - Harvard e MIT anunciam cursos online gratuitos. Leia o parágrafo que destaca:


"Drew Faust, reitora de Harvard, afirmou, durante coletiva de lançamento, que a intenção não é apenas tornar o conhecimento mais acessível, mas também saber mais sobre como os alunos aprendem e, assim, poder ensiná-los de forma mais eficaz. "Dois dos meus compromissos mais importantes como reitora são aumentar o acesso à educação e fortalecer ensino e aprendizagem", disse a reitora, segundo comunicado oficial de Harvard. "O EdX nos permitirá avançar em ambos, de forma como nunca imaginamos."


Além disso, tenho encontrado diversos indícios que deixam claro que o processo de autoeducação ou autoestudo está cada dia mais sendo fomentado pelas instituições. O que nos leva a crer que todo o processo educacional está sendo repensado pelos grandes educadores, pois para atendermos as expectativas de uma geração tão antenada com as tecnologias atuais, temos que oferecer recursos muito superiores para auxiliá-los em um mercado totalmente globalizado e com uma concorrência tão bem preparada.

O grande desafio é elaborar planos que comprovadamente apresentem uma melhor absorção do conhecimento frente aos métodos utilizados nas instituições públicas atualmente. Você tem alguma sugestão?

Links relacionados:
The future of self-knowledge
A Evolução no Ensino: Novas Tecnologias
A evolução do ensino a distância
Metodologia do ensino de teatro
Documento - Metodologia de Ensino (Download)
Youtube Education
Veduca
FGV online

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Grade Proposta



Devemos repensar o motivo de termos uma divisão de matérias, as chamadas grades curriculares.

Elas se enquadram com o perfil de nossa atual sociedade? Com as exigências de nosso tempo? São flexíveis? As disciplinas "conversam" entre si? Quais são suas sugestões?

Meditando sobre o formato e a distribuição das grades curriculares nas escolas nos dias de hoje, cheguei a uma grade que considero bem abrangente e que pode ser trabalhada de uma maneira bem interessante:
  • Cultura, História e Artes (História e Educação Artística) - a idéia é mixar o estuda da história das sociedades com a produção artística de cada época, desde a pré-história com seus desenhos rupestres até a sociedade contemporânea com a arte pós moderna;
  • Ciências Aplicadas (Matemática, Física, Química e Biologia)  - o termo Aplicadas é o ponto principal no que diz respeito a nova forma de ensinar ciências exatas e biológicas. Dessa forma, podemos mostrar aos alunos onde aplicaremos uma série de conceitos obtidos em aula e abriremos espaço para discutirmos a diferença da teoria e da prática;
  • Povos e Terras (Geografia e Sociologia) - agregamos muito mais valor no estudo da Geografia quando adicionamos o elemento humano. Isso é evidente, porém, essa visão deve estar estritamente relacionada para o entendimento dos alunos;
  • Linguagem e Expressão (Português, Inglês e Espanhol) - o estudo das línguas se torna muito mais intuitivo e valorizado pelos alunos quanto os envolvemos no processo histórico e cultural de cada povo, buscando as expressões artísticas da literatura, música, etc. para dar maior enfase ao valor da linguagem.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Metodologia de Ensino

Promover o aprendizado através do envolvimento emocional, sendo utilizado o conceito de absorção sensorial como principal ferramenta de estímulo aos alunos.

A intenção do projeto é mostrar aos estudantes o quão importante é o estudo, a escola. E que o processo de aprendizagem pode e deve ser algo prazeroso e alegre.

Fomentar o auto-estudo, o interesse pela pesquisa e também pelo trabalho em equipe será sempre diretrizes básicas ao criarmos cada estrutura modular do projeto.
Inserir e utilizar todas as artes (música, desenho, pintura, escultura, teatro e cinema) como pontos de ligação/conexão entre o racional e o emocional.

É sempre válido lembrar que nem todos aprendem da mesma maneira. O mais importante no processo é saber respeitar as diferenças e tentar superar as dificuldades. Abaixo segue na integra a tradução de um texto extraído do site NDT Resource Center. Segue aqui o link para o original: http://www.ndt-ed.org/TeachingResources/ClassroomTips/Learning_Styles.htm

Compreendendo diferentes estilos de aprendizagem

Qual a melhor maneira de aprender?

A melhor maneira para uma pessoa aprender depende da pessoa, é claro. Sabemos que as pessoas têm diferentes estilos de aprendizado que funcionam melhor para eles. A melhor saída para um instrutor é conciliar diversos estilos de aprendizagem com o seu plano de ensino. Também é importante encorajar os alunos a compreender o seu estilo de aprendizado preferido. Na medida em que os alunos atingem o nível universitário é comum assumirmos que eles descobriram o caminho melhor e mais produtivo de estudar para reter informações. Naturalmente, este é um pressuposto incorreto. Os professores devem sensibilizar os estudantes sobre os vários estilos de aprendizagem e incentivá-los a considerar seu estilo preferido como a conclusão dos seus estudos.

Proporcionar um ambiente adequado e propício para a aprendizagem

O ambiente em sala de aula também terá um grande efeito sobre a quantidade de aprendizado a ser retido. Aqui, mais uma vez, as pessoas são diferentes e têm preferências ambientais distintas. No entanto, é importante saber quais são os efeitos disso no processo de aprendizagem. Alguns dos estilos de aprendizagem comuns e fatores ambientais que devem ser considerados ao tentar criar as melhores condições de aprendizagem estão listados abaixo.

A informação abaixo foi adaptada de: Moore, Carol (1992) Learning Styles - Classroom Adaptation<based primarily on Carbo Learning Styles>.


Estilos de Aprendizado
DESCRIÇÃO
Estrutura de Lições
A maioria dos estudantes aprende melhor quando há uma sequência lógica, lições definidas de maneira objetiva com etapas sistematicamente distribuídas. Este tipo de estudante se beneficia  com a utilização de rubricas para que possam acompanhar melhor as aulas e os trabalhos. No entanto, alguns alunos não gostam muito dessa forma estruturada e preferem receber opções diversas, abrindo espaço para serem criativos.
Sociológico
Alguns alunos se beneficiam muito com atividades em grupo e outros não. Para o aluno que prefere trabalhar em parceria, devemos sempre que for possível agrupá-lo com outro aluno. Para os alunos que são autodidatas, não devemos forçá-los a uma situação de trabalho em grupo ou parceria de aprendizagem todo o tempo. A aprendizagem cooperativa é uma ferramenta muito importante, mas alguns alunos são mais introvertidos que outros e podem ter dificuldade em participar em atividades de grupo.
Auditivo
Alguns alunos aprendem melhor ouvindo. Alunos auditivos se saem melhor com leituras, discussões em sala de aula, etc. Enquanto a palestra é considerada o método menos eficaz de ensino, alguns alunos aprendem melhor simplesmente por ouvirem. Esses alunos também podem ser mais sensíveis ao barulho e ruídos externos.

Visual
Alunos visuais se beneficiam com a diversidade dos estímulos oculares. Um bom exemplo disso, seria o uso de cores. Esses alunos, gostam de imagens e informações escritas. Preferem ler as instruções ou textos por conta própria para aumentar a sua compreensão. Ao estudarem é útil o uso de canetas e marcadores coloridos, tomando notas equanto leem. Alunos visuais também podem ser mais suscetíveis a distrações visuais.
Tátil
A maioria das pessoas aprende melhor com a atividades participativas (hands-on), com ganhos muito maior do que outros. Alguns alunos realmente aumentam seu potencial de aprendizado quando é dado a eles a oportunidade de fazer algo por conta própria. Especialmente em uma aula de ciências, deve haver muitas oportunidades para se aprender fazendo.


Fatores Ambientais

Formal vs. Informal
Uma definição formal seria a mesa e cadeira tradicional. Um ambiente informal seria o chão, um sofá, um puff, etc. O cérebro de cada aluno não funciona da mesma maneira ou com a mesma postura. Então, quando você vir um aluno slouching em uma mesa ou cadeira tradicional, isso pode significar que eles aprenderiam melhor em um ambiente mais informal.
Barulho vs. Silêncio
Para alguns alunos o som pode ser pertubador e para outros ser relaxante. Pode ser benéfico ter várias áreas de estudo estabelecidas. Uma onde o nível de ruído é o menor possível e outro com um som de fundo.
Temperatura
A temperatura ambiente também desempenha um papel chave na aprendizagem. Se um aluno estiver com muito frio ou com muito calor, ele terá mais dificuldade para se concentrar em sua tarefa de aprendizagem. Recomenda-se que a temperatura da sala de aula seja agradável, sempre que possível. Assim, aqueles que não gostam de sentir frio podem simplesmente usar mais uma camada de roupa para se sentirem confortáveis.
Claro vs. Escuro
Os olhos de cada pessoa reagem de maneira diferente à luz. Alguns alunos podem precisar sentar com uma lâmpada de leitura mais clara, enquanto outros podem ter dor de cabeça quando a luz é muito forte. É necessário encontrar um nível de luz em que todos os estudantes se sintam confortáveis.
Cinestésico
Algumas pessoas precisam se movimentar constantemente enquanto estudam, as vezes batendo os dedos na mesa, o pé no chão, brincando com seus cabelos, usando uma bola de stress, ou goma de mascar. Isso é absolutamente natural. Porém, se eles não estão estudando sozinhos, certifique-se que isso não irá distrair os outros.
Mobilidade
O corpo humano foi construído para se mover e ele particularmente não gosta de ficar parado por longos períodos de tempo. Os estudantes devem ficar em pé, se esticar e fazer pausas curtas, quando necessário, durante os estudos. É bom estudar entre 20 e 30 minutos com uma breve pausa entre cada peírodo de tempo. A pesquisa mostrou que leva apenas 30 segundos para descansar e recarregar o cérebro.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Brainstorm - Idéias

Lembre-se: Se você teve uma idéia genial, provavelmente, diversas pessoas já tiveram a mesma idéia ou alguma bem melhor que a sua. Triste? Não! Isso é só uma forma de ajudar você a se superar, melhorar a mesma idéia... pois, se o mundo está como está, com certeza essa idéia não foi a solução final pro seu problema, senão você não a teria novamente ou não teria se interessado em solucionar o que ela propõe.

Andei pesquisando materiais para serem utilizados como base para o projeto e lembrei da minha época de cursinho (Aprove e Objetivo).

Achei até agora uns videos interessantes e gostaria de compartilhar só pra expandir nossa mente:




sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Projeto



Vamos falar um pouco do modelo de negócio.
Uma das maiores dificuldades hoje em dia, quando falamos de projetos sociais no Brasil é a continuidade e sobrevivência dos mesmos. Todo mundo já sabe que a manutenção de qualquer coisa, seja projeto ou mesmo pessoas, tem um custo - seja ele de dinheiro ou de tempo - para muitas pessoas os dois são a mesma coisa, mas não vamos entrar nesse mérito. Todavia, quando o assunto é investimento a "porca torce o rabo" e muita gente sai correndo, não quer se comprometer, se arriscar, se iludir. Talvez porque estamos cansados de tantos espertalhões, corruptos, e pessoas de caráter duvidoso todos os dias tentando nos vender idéias furadas, ou mirabolantes que irão resolver todos os nossos problemas através de produtos, serviços, associações, etc. Além disso, a coisa ainda fica pior no âmbito burocrático, legislativo e fiscal. A Máquina é feita para emperrar soluções e inovações. Qual a saída?


A melhor forma de definir o modelo de negócios de um projeto social no Brasil hoje em dia é - IDEOLOGIA... ou melhor, UTOPIA.
Então que assim seja. Já é um começo, temos um ponto de saída e um endereço. Nada é mais prazeroso do que lutar pela IDEOLOGIA. Nunca se perde, se acreditamos. Estamos investindo e tendo retorno, pois, ao se fazer algo, já estamos recebendo em troca. É uma forma de investimento rentável e o melhor, de retorno imediato.



O verdadeiro valor desse projeto está ligado à melhora na qualidade humana, na evolução de uma sociedade, que atualmente está em ascensão econômica, porém, cada dia mais atrasada culturalmente.

Queremos trabalhar com pessoas, sejam elas, alunos, professores, pais, entre outros colaboradores da educação. Queremos fazer isso no "corpo a corpo". Porém, inicialmente, através da Internet, desse blog, mais precisamente, devemos definir as estratégias e o foco de nossa atenção para não naufragarmos. Dessa forma poderemos chegar aos nossos objetivos de forma consistente e já com algo claramente definido. Afinal de contas, não queremos oferecer mais uma ferramenta falida, pois isso nosso governo já faz.


Novamente, o objetivo desse projeto é levar a educação pública a um nível incrivelmente melhor do que ela possui hoje, e cá entre nós, isso é ridiculamente fácil. Como assim fácil?
Isso porque o sistema de ensino em nosso país é tão ruim que se fossemos competir com alguma instituição só de criarmos um modelo aberto a discussões sobre conteúdos ou matérias a serem lecionadas já sairemos na frente. Não gosto de rir dessas coisas, pois na realidade é muito triste.

A idéia é começar pequeno, atuando de forma local. Se pudermos fazer o melhor do melhor pra uma criança apenas, ou mesmo um pequeno grupo, já teremos feito a idéia evoluir. Dessa maneira, podemos motivar outras pessoas a realizarem o mesmo em outros lugares e dessa forma fazer o projeto evoluir de forma gradativa - entendi isso com o projeto A Corrente do Bem.
Beleza, mas por onde começar? Com um brainstorm de sugestões de metodologias, conteúdos, instituições mais necessitadas, etc.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Grades Curriculares

Porque a grade curricular das escolas públicas é tão inferior em qualidade e quantidade de conteúdo em relação às escolas particulares? Será que os alunos ou professores são menos capazes? Será que existe alguma limitação técnica que impeça a aplicação destes conteúdos? Se queremos mudar alguma coisa, devemos começar pela quebra desse paradigma. Essa postagem não visa ser conclusiva, ela é apenas uma indagação para iniciar um debate muito maior, pois não sou de longe o dono da verdade e não tenho todas as respostas, mas também não sou daqueles que aceita ver algo errado e fica quieto - em cima do muro.